Seis atores representam militantes políticos desaparecidos na campanha que a OAB/ RJ lança neste sábado (17/4) pedindo a abertura dos arquivos da ditadura de 1964-85.
Com previsão de veiculação em algumas emissoras de televisão e outras mídias, a iniciativa tem seis filmetes de 30 segundos, em que os artistas contam as histórias de alguns desaparecimentos, e a instituição pede adesões, via internet, a um abaixo assinado pela liberação do material arquivado no regime autoritário, que supostamente teria pistas dos ativistas que sumiram.
O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, vai ao lançamento, em ato de manhã na Ordem. No fim de 2009, a proposta de criação de uma Comissão da Verdade sobre os ativistas sumidos abriu uma crise: os comandantes militares ameaçaram pedir demissão.
“Me chamo David Capistrano, sou jornalista e dirigente político. Em 1974, eu desapareci entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Minha família não soube mais de mim. Será que esta tortura não vai acabar?”, diz, em um dos filmes, o ator José Mayer, com expressão grave e em cenário de fundo escuro.
Também participam Glória Pires (representando Eleni Guariba, desaparecida em 1971), Mauro Mendonça (que vive Fernando Santa Cruz, sumido em 1974), Fernanda Montenegro (Sônia de Moraes Angel, 1973), Osmar Prado (Maurício Grabois, 1973) e Eliane Giardini (Ana Rosa Kucinsky, 1974).
Todos os “depoimentos” são encerrados pela expressão:
“Será que esta tortura nunca vai acabar?”
Quatro dos filmetes estão à disposição no pé deste blog
Pesquisa, copy e edição – Flavio Deckes, com Bem Paraná
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