Justiça do Uruguai condenou a mais 30 anos de prisão a Juan María Bordabery, de 81 anos, pelo golpe de Estado que liderou em 1973 e por crimes envolvendo o desaparecimento e morte de pessoas.
Ele cumpre prisão domiciliar por outra pena de 30 anos pela morte de 14 uruguaios desaparecidos até hoje.
Bordabery governou o Uruguai como presidente constitucional de 72 a 73, e como ditador até 1976. Liderou o golpe de Estado que em 27 de junho de 73 suspendeu o regime constitucional e instalou a ditadura que durou até 1985.
Em 76 os militares o destituiram e colocaram em seu lugar o presidente do Conselho de Estado, Alberto Demicheli.
A advogada Hebe Martínez Burlé, que apresentou a denúncia, afirmou que a nova condenação não acrescenta anos à pena mas tem caráter simbólico para o Uruguai.
- Não muda em nada o tempo de reclusão e não é nosso interesse. O tema é que é emblemático para nós, simbólico. Quando se viola a Constituição, quando se dá um golpe de Estado, com o tempo se vai pagar. É um dos poucos casos de condenação de ditadores no mundo, é significativo - completou.
A juíza Mariana Motta condenou Bordaberry pelo crime de atentar contra a Constituição e por ter sido co-autor das violações aos direitos humanos ocorridas durante sua gestão de ditador.
Nas eleições presidenciais deste ano seu filho, Pedro Bordabery, concorreu pelo Partido Colorado e ficou em terceiro lugar com 16% dos votos. No segundo turno, apoiou Luis Alberto Lacalle, do Partido Blanco, que perdeu a disputa para José Mujica, da Frente Ampla.
Pesquisa Copy e edição - Flavio Deckes, com Opera Mundi
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário